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1 a . Câmara - 1 1 1 a . CÂMARA - 1 - No corpo psíquico existem certos centros de força, centros energéticos, centros psíquicos ou chacras, que em sânscrito significam roda ou disco giratório. São 7 os principais centros psíquicos, a saber: 1 - Centro Fundamental ou Básico - situado na parte mais baixa da coluna vertebral. Em sânscrito, chama-se Muladhara. 2 - Centro Esplênico – situado na região do baço, de acordo com Leadbeater e outros autores ocidentais. Segundo os orientais, o chacra do baço é um centro secundário e dão ao 2o chacra o nome de Umbelical, situando-o dois dedos abaixo do umbigo. Seu nome em sânscrito é Svadhisthana. 3 - Centro Solar - situado aproximadamente três dedos acima do umbigo. Em sânscrito: Manipura 4 - Centro Cardíaco - situado na região do coração. Em sânscrito: Anahata 5 - Centro Laríngeo - situado na região da garganta. Em sânscrito: Vishuddha 6 - Centro Frontal - situado no meio da testa, na região do entrecenho. Em sânscrito: Ajna 7 - Centro Coronário - situado no alto da cabeça. Em sânscrito: Sahashara Todos eles se ligam a plexos nervosos do corpo físico e a centros de força na medula espinhal. Quem possui clarividência pode vê-los no corpo psíquico, em cuja superfície eles aparecem como pequenos vórtices, com cerca de cinco centímetros de diâmetro, apresentando um giro no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. “Os discos energéticos teriam uma disposição especial e característica pelas funções que desempenham; seriam discos biconvexos, isto é, de maior espessura na posição central, adelgaçando-se para a periferia. O tamanho variaria de acordo, não só com o estado funcional, mas também de conformidade com sua localização. Sofreriam habituais contrações e relaxamentos, que permitiriam ter a forma arredondada nos graus de maior contração, dando a impressão de um limão, e de disco, nos de maior relaxamento, atingindo o tamanho de um pires comum. Na sua constituição poderíamos distinguir zonas energéticas, com aspecto onduloso, que se abrem umas nas outras, verdadeiras zonas concrescentes, onde as correntes de metabolismo mais elevado se expressariam”. (Energética do Psiquismo- dr. Jorge Andréa) As forças que fluem por esses centros são indispensáveis à saúde do corpo físico e ao desenvolvimento psíquico do indivíduo. É através dos chacras que o organismo recebe o fluxo vital do cósmico, pois esses centros funcionam como intermediários entre o físico e o psíquico, e como distribuidores, para o físico, da vitalidade que recebem do cósmico. No entanto, o grau de desenvolvimento desses centros varia de pessoa para pessoa. Quando são menos desenvolvidos, seu brilho é menor e seu giro é lento. Nas pessoas evoluídas interiormente, seu movimento é rápido e seu brilho é intenso, chegando a parecer pequeninos sóis, os quais dividem-se em raios ou pétalas, cujo número varia em cada um dos centros. Durante o giro, os chacras deixam fluir, pela terminação dos raios, a vitalidade que receberam do Cósmico. Sem essa vitalidade não existiria o corpo físico. Existem também chacras secundários nas palmas das mãos e dos pés, nas orelhas, mandíbulas, joelhos, ombros e por todo o corpo, assim como nos seus órgãos. ... (Trecho extraído de Os Chacras, de C. W. Leadbeater) “Embora inconcebivelmente diminuto, é tão brilhante o glóbulo de vitalidade, que até os não clarividentes costumam vê-lo. Olhando para o horizonte longínquo, especialmente no mar, notarão alguns que roça com o firmamento certo número de pontinhos de luz, que se mexem por todos os lados com pasmosa rapidez. São os glóbulos de vitalidade, constituídos, cada um deles, por sete átomos físicos ultérrimos. São as vidas ígneas, os grânulos carregados com a energia a que os hindus chamam de prana.
1 a . Câmara - 1 2 É muito difícil compreender o exato significado desta palavra sânscrita, porque os métodos didáticos dos hindus diferem muitíssimo dos nossos, mas parece-me que, sem risco de erro, podemos tomar a palavra prana por equivalente de vitalidade. Quando o glóbulo de vitalidade cintila na atmosfera, é de brilho quase incolor, e refulge com luz branca ou ligeiramente dourada. Mas, quando entra no vórtice do chakra esplênico, se decompõe e quebra em raios de diversas cores, conquanto não com a mesma gradação ou gama dos raios do espectro solar. Os átomos componentes do glóbulo de vitalidade voltejam impelidos pelo vórtice do chakra e cada raio deste prende um daquele, de modo que o átomo amarelo fica preso num raio do chakra, o verde em outro e assim sucessivamente, enquanto que o sétimo átomo desaparece absorvido pelo centro do vórtice, semelhante ao cubo de uma roda. Os raios se prolongam então em diferentes direções e cada qual efetua seu trabalho especial na vitalização do corpo. Como disse, as cores de vitalidade ou prana não são exatamente as mesmas das do espectro solar, mas se parecem antes com as combinações cromáticas que vemos nos corpos causal, mental e astral. A cor anil se reparte entre o violeta e o azul, de modo que em vez de três cores achamos só duas; mas, em compensação, o vermelho se diferencia em duas cores: vermelho-rosado e vermelho-escuro. Portanto, as cores dos seis raios são: violeta-azulado, verde, amarelo, alaranjado e vermelho escuro, enquanto que o sétimo átomo, cor-de-rosa, passa adiante pelo centro do vórtice1 . Assim vemos que a constituição da vitalidade é sétupla; mas flui pelo corpo em cinco correntes principais, segundo o expuseram alguns tratados hindus, porque o azul e o violeta se fundem num só raio, e o alaranjado e o vermelho-escuro em outro raio, quando saem do chakra esplênico. Os Raios 1 - Raio violeta-azulado: Dirige-se para a garganta, onde parece separar-se, de modo que o azul pálido passa pelo chakra laríngeo e o aviva, enquanto que o violeta e o azul escuro prosseguem para o cérebro, em cujas partes inferior e central fica o azul-escuro, seguindo o violeta até a parte superior para vigorizar o chakra coronário e difundir-se pelos novecentos e sessenta raios desse chakra. 2 - Raio amarelo: Dirige-se para o coração e, depois de efetuada ali a sua obra, uma porção passa para o cérebro e o satura, difundindo-se pelos doze raios do centro do chakra coronário. 3 - Raio verde: Este raio inunda o abdome e, conquanto se centralize principalmente no plexo solar, vivifica o fígado, os rins, os intestinos e todo o aparelho digestivo em geral. 4 - Raio rosa: Este raio circula por todo o corpo ao longo dos nervos e é evidentemente a vitalidade do sistema nervoso; um indivíduo pode infundi-lo a outro que a tenha deficiente. Se os nervos não recebessem esta vitalidade rosada, seriam impressionáveis até à irritação, e assim é que quando não a recebe suficientemente, o enfermo pode permanecer muito tempo na mesma posição e não sente alívio ainda que tome outra. O mais leve ruído o atormenta e ele se acha num contínuo sofrimento. Mas se uma pessoa sã banha-lhe os nervos com vitalidade rosada, logo se alivia e experimenta uma salutar sensação de sossego e paz. Um indivíduo de boa saúde absorve e adapta muito mais vitalidade rosada do que a necessária ao seu corpo; por isso está continuamente irradiando uma torrente de átomos rosados, de modo que inconscientemente infunde vigor nas pessoas fracas mais próximas, sem que isso diminua sua vitalidade. E também por um esforço de sua vontade, pode acumular a energia restante e infundi-la deliberadamente em quem deseje auxiliar. O corpo possui certa consciência peculiar, instintiva e cega, a que costumamos chamar o elemental físico, correspondente no mundo físico ao elemental do desejo no mundo astral. Essa consciência instintiva ou elemental físico procura sempre resguardar o corpo de todo perigo ou lhe proporcionar o de que necessita. É completamente distinta da consciência do homem e funciona igualmente quando o ego se aparta do seu corpo físico. A este elemental físico ou consciência instintiva deve-se atribuir todos os nossos movimentos e atitudes instintivos, como também o incessante funcionamento do sistema simpático sem que de tal nos apercebamos nem pensemos. Enquanto nos achamos no estado de vigília, o elemental físico está em constante vigilância, em atitude de defesa, e mantém em tensão músculos e nervos. Durante o sono relaxa-os e dedica-se à 1 Nota do autor: A rigor, este átomo rosa é o primeiro, porque nele aparece originariamente a energia.
1 a . Câmara - 1 3 assimilação da vitalidade para restaurar as forças do corpo físico, e com maior eficácia cumpre esta função durante a primeira metade da noite, quando há plenitude de vitalidade, porque de madrugada já está quase toda consumida a vitalidade que o sol emitiu durante o dia. Tal é o motivo da sensação de moleza que nos acomete de madrugada, e também a causa de muitos enfermos morrerem nessas horas. Por isso diz acertadamente a sabedoria popular, que uma hora de sono antes de meia-noite equivale a duas depois dessa hora. A ação do elemental físico explica a influência restauradora do sono, que se pode observar ainda após ligeiro cochilo. A vitalidade é o alimento do duplo etérico, e este a necessita tão imperiosamente quanto o corpo denso necessita do sustento material. Disso resulta que, quando por enfermidade, fadiga ou decrepitude, o chakra esplênico é incapaz de preparar o alimento para as células do corpo, o elemental físico procura extrair para seu próprio uso a vitalidade preparada em corpos alheios. E assim ocorre quando nos sentimos débeis e como que esgotados depois de havermos estado durante certo tempo junto de uma pessoa com falta de vitalidade, porque essa pessoa nos tomou os átomos rosados antes que pudéssemos assimilar sua energia. O reino vegetal também absorve esta vitalidade, ainda que em muitos casos parece que só utiliza uma pequena parte. Algumas árvores extraem da vitalidade quase exatamente os mesmos constituintes que extrai a parte superior do duplo etérico do homem e uma vez absorvidos os necessários, expelem precisamente os átomos rosados de que necessitam as células do corpo físico do homem. Isso ocorre com árvores como o pinho e o eucalipto, razão pela qual sua vizinhança infunde saúde e vigor nos neuróticos necessitados de vitalidade. São neuróticos porque as células do seu corpo estão famintas e a nervosidade só pode apaziguar-se alimentando-as, o que sói conseguir-se mais facilmente proporcionando-lhes do exterior a vitalidade rosada de que necessitam para se restabelecerem. 5 - Raio Laranja-Avermelhado: Penetra pelo chakra fundamental, donde vai para os órgãos genitais, com os quais está intimamente relacionada uma parte de seu funcionamento. Este raio não só contém as cores alaranjada e vermelha, mas também algo de púrpureo intenso, como se o espectro solar desse a volta em círculo e as cores começassem de novo em mais baixa escala. No indivíduo normal este raio aviva os desejos carnais e parece que também penetra no sangue e ajuda a manter o calor do corpo. Mas se o indivíduo persevera em repelir os incentivos de sua natureza inferior, este raio pode, mediante longos e deliberados esforços, desviar-se para o cérebro, onde suas três cores constituintes experimentam notável modificação, porque o alaranjado se transmuta em amarelo puro e intensifica as faculdades intelectuais; o vermelho-escuro se converte em vermelho-vivo ou carmesim, que aumenta poderosamente o amor não egoísta, e o purpúreo intenso se transforma num belo violeta-pálido que aviva a parte espiritual da natureza humana”. ... O desenvolvimento dos centros psíquicos é um trabalho lento e que se consegue através da respiração e da concentração. O despertar dos chacras proporciona ao indivíduo um equilíbrio em todo o corpo físico e também traz à sua mente objetiva a consciência de suas experiências astrais. É através dos chacras que são absorvidas as energias das plantas, da água, dos minerais e que é equilibrado o organismo com toda a Natureza. Muitas pessoas, ao dormirem, vivem e trabalham intensamente em projeção astral mas, ao despertarem, perdem totalmente a noção do que fizerem, simplesmente porque os chacras, que são a ponte que liga o seu ser psíquico ao ser físico, não estão devidamente desenvolvidos, não podendo assim a mente objetiva receber fielmente as impressões da mente interior. Estudaremos agora esses sete chacras, um a um, enquanto fazemos alguns exercícios para levar a eles mais estímulo e vitalidade. Centro Fundamental ou Básico Este centro situa-se na base da coluna vertebral e possui quatro raios ou pétalas, que giram no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Quanto mais se estimula este centro, mais depressa giram os seus raios. Durante o giro, ele solta partículas energéticas que vitalizam todo o corpo psíquico e também o