PDF Google Drive Downloader v1.1


Báo lỗi sự cố

Nội dung text Alergia ao látex - Prevenção e Tratamento.pdf

Autor: Guilherme Moura Data da primeira Versão: 08/03/2021 Versão: 1a Data de atualização: 08/03/2021 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE PACIENTES ALÉRGICOS AO LÁTEX Diretriz Assistencial SMA 1.OBJETIVO Fundamentar e uniformizar as condutas em procedimentos anestésicos baseando‐se na melhor evidência científica e boas práticas assistenciais, buscando a excelência no cuidado aos pacientes e aumentando a segurança dos processos assistenciais. 2.APLICAÇÃO Todos os pacientes submetidos à anestesia e sedação nos serviços de saúde onde o SMA presta assistência anestésica. 3.MOTIVO DA ATUALIZAÇÃO Primeira versão 4.DEFINIÇÕES A borracha natural de látex, (cis 1,4 polyisoprene) ou simplesmente látex é um produto que está muito presente no dia‐a‐ dia do médico. Os primeiros relatos de reações alérgicas induzidas pelo látex são de 1933 , mas com o estabelecimento das medidas de proteção universal e prevenção de doenças, a padronização do uso de luvas de látex fez aumentar o número de relatos rapidamente 1. Anafilaxia e as primeiras mortes atribuídas à exposição ao látex foram documentadas por Slater em 1989 2. Neste mesmo ano, análises mostraram que 0,5% dos casos de choques perioperatórios eram devido à alergia ao látex. Após dois anos este número passou a 12,5% . Em 1997, o FDA (Food and Drug Administration) recebeu notificações de cerca de 2.300 casos de reações alérgicas envolvendo produtos médicos com látex, sendo 225 casos de anafilaxia, 53 paradas cardíacas e 17 mortes. Dados recentes apontam para uma sensibilidade ao látex de 12,5% a 15,8% entre a população de anestesiologistas 4. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o assunto, abordando este tema de interesse para o anestesiologista, considerando diagnóstico, prevenção e tratamento da alergia ao látex. HISTÓRIA A borracha natural é extraída da seiva da Seringueira (Hevea Braziliensis). É uma mistura complexa de polisoprene, lipídios, fosfolípides e proteínas. Durante sua manufatura são adicionados vários produtos químicos como amônia, tiocarbonetos, anti‐ oxidantes e radicais de enxofre para vulcanização 5. O agente alergênico mais importante parece ser as proteínas de látex. Atualmente foram identificados sete tipos de proteínas sensibilizadoras que receberam classificação de alérgenos (Hev b‐1 a b‐7)
Autor: Guilherme Moura Data da primeira Versão: 08/03/2021 Versão: 1a Data de atualização: 08/03/2021 pela União Internacional de Sociedades de Imunologia. Uma proteína de 14 kiloDalton, 14 kd (fator de alongamento da borracha) parece ser a responsável pela maioria de reações alérgicas entre profissionais de saúde. Outras populações com alta incidência de alergia ao látex apresentam maior sensibilidade à proteína 27 kd. A quantidade de proteínas presentes nas luvas de látex varia muito entre lotes do mesmo fabricante e mais ainda entre marcas diferentes, de 3 a 337 μg.g‐1 de látex. Isto se deve a desnaturação das mesmas durante a produção; os índices aumentam nas luvas com talco ou pó lubrificante (Cornstarch) 6. A exposição e a sensibilização podem ser resultado do contato com a pele e membranas mucosas, da inalação, ingestão, injeção parenteral ou inoculação pelos ferimentos. As luvas de látex são as principais fontes de antígenos entre as equipes médicas 7. As partículas de poeira ou talco presentes nas luvas formam ligações com as proteínas e podem transportá‐las pelo ar na forma de aerossóis. Nas salas cirúrgicas, onde ocorrem trocas frequentes de luvas, os níveis de partículas no ar podem ser muito altos, determinando sintomas que vão desde conjuntivites, rinites, tosse, rouquidão, sibilos até o broncoespasmo 8. Os estudos sobre a prevalência das reações alérgicas ao látex variam muito, dependendo da população estudada e dos métodos utilizados para estabelecer a sensibilidade ao antígeno. Mas mesmo com estas variações, existem alguns grupos bem estabelecidos em que o risco é elevado. GRUPOS DE RISCO 1. Pacientes com História de Múltiplos Procedimentos Cirúrgicos. Este grupo inclui principalmente pacientes com malformações genitourinárias congênitas (extrofia vesical, válvula de uretra posterior, malformações de bexiga), mielomeningocele, espinha bífida, alterações no fechamento do tubo neural (30% a 60% de incidência), atresia esofágica, Arnold Chiari tipo II, ânus imperfurado, síndrome de “Vacter” (alteração vertebral, anomalia anorretal, ânus imperfurado, cardiopatia, fístula traqueoesofágica, displasia renal). Um estudo entre pacientes com espinha bífida mostrou 60% de sensibilidade através da história clínica, testes laboratoriais e cutâneos, embora nem todos tenham demonstrado sintomas alérgicos durante os procedimentos realizados 9. Os dois maiores fatores de risco nesta população são as frequentes exposições e a história de atopia prévia. 2. Profissionais da Saúde Dependendo do método encontramos prevalência variando de 2,9% a 17% entre profissionais de saúde, que pode ser bem maior, pois segundo relatos atualizados do FDA, dos eventos adversos relacionados ao látex, 70% envolvem agentes da saúde que em muitos casos estão também na condição de pacientes em tratamento ou hospitalizados. O Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI) classificou a alergia ao látex como um grande problema de saúde pública e é uma doença ocupacional. Entre os trabalhadores, histórico de atopia, eczema ou dermatite de contato nas mãos, relacionada ao uso frequente de luvas descartáveis estão associadas ao aumento do risco de desenvolver reações alérgicas importantes 10. 3. Outros Indivíduos com Exposição Ocupacional
Autor: Guilherme Moura Data da primeira Versão: 08/03/2021 Versão: 1a Data de atualização: 08/03/2021 Os trabalhadores da indústria da borracha e outros profissionais com manipulação dos produtos (cabeleireiros, jardineiros) devem apresentar níveis de sensibilização semelhantes aos do meio médico. 4. Indivíduos com Antecedentes de Atopia (febre do feno, rinites, asma ou eczema). Atopia parece ser o principal fator de risco predisponente. 5. Indivíduos com Antecedentes de Alergia a Alimentos Algumas frutas tropicais (abacate, banana, kiwi) e castanhas parecem possuir proteínas semelhantes, algumas até idênticas, às proteínas encontradas no látex 11. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Existem três tipos distintos de reações que podem ocorrer com o contato ao látex: Dermatite de Contato Irritativa É a manifestação mais comum e frequente, correspondendo a 80% das queixas daqueles trabalhadores que utilizam luvas. É resultado da ação direta do látex ou substâncias químicas irritantes sobre a pele, podendo ser potencializada pelo degermante e procedimentos de lavagem das mãos para cirurgia. Esta reação não é mediada pelo sistema imunológico, não constituindo uma reação alérgica verdadeira, mas as lesões produzem perda da integridade da pele e podem permitir a absorção das proteínas e sensibilização posterior. Hipersensibilidade Tardia, Tipo IV Também chamada de dermatite mediada por células‐T ou dermatite alérgica. Envolve diretamente o sistema imune. Entre todas as reações imunológicas às luvas, 84% são do Tipo IV. Normalmente são produzidas por resposta a alguns aditivos químicos utilizados na produção das luvas e não pela sensibilização às proteínas. Estes aditivos incluem, principalmente, os aceleradores químicos da classe thiuran, mercapto benzothiazoles e carbonatos. A pele desenvolve um eritema urticariforme, geralmente 72 horas após o contato inicial e pode evoluir para dermatite bolhosa. Não existem repercussões sistêmicas. Hipersensibilidade Imediata, Tipo I Também chamada de reação anafilática ou reação mediada por células IgE. O antígeno induz a produção de imunoglobulinas classe E (IgE) específicas. Na reexposição ao agente, a interação dos anticorpos ligados à parede de mastócitos e basófilos com o antígeno ativa um gatilho para uma cascata de eventos que promovem degranulação destas células com liberação de mediadores inflamatórios como: histamina, ácido aracdônico, leucotrienos e prostaglandinas. As reações ocorrem geralmente alguns minutos após o estímulo, mas em pacientes anestesiados são relatadas reações até 30 minutos após a indução. Os sintomas desenvolvem com intensidade e gravidade variadas, manifestando‐se desde eritemas, coceira, tosse, rouquidão, dispnéia, sibilância, conjuntivite, edema de via aérea, broncoespasmo até choque com colapso circulatório e parada cardíaca 12. Houve grande aumento das reações alérgicas ao látex, principalmente às custas do aumento da sensibilidade do tipo I de 2,9% em 1986 para 17% em 1994 13.

Tài liệu liên quan

x
Báo cáo lỗi download
Nội dung báo cáo



Chất lượng file Download bị lỗi:
Họ tên:
Email:
Bình luận
Trong quá trình tải gặp lỗi, sự cố,.. hoặc có thắc mắc gì vui lòng để lại bình luận dưới đây. Xin cảm ơn.