Content text 7. Distúrbios do Crescimento e Diferenciação Celulares Nunes .pdf
Distúrbios do Crescimento e Diferenciação Celulares - Diferenciação: processo de especialização que as células sofrem, com repressão de alguns genes e expressão de outros. - Há processos que fazem algumas células se destacarem em relação a outras, expressando proteínas atípicas. A maioria das vezes em que isso acontece é quando sofre diferenciação (às vezes a morfologia não muda, apenas a função). HIPOTROFIA - São reversíveis, a célula diminui o volume. Isso ocorre quando diminui os componentes estruturais, fisiologicamente pode acontecer quando fibroblastos se transformam em fibrócitos ou quando vai envelhecendo e diminui a quantidade de hormônio que é responsável pelo crescimento (senilidade). Pode acontecer de maneira patológica, com o músculo em processos de desuso, membro engessado; pode acontecer em processos de compressão e obstrução vascular (perda de volume sanguíneo e comprometer os órgãos que são nutridos) e outros. - A massa cefálica tem tendência a diminuir com o passar dos anos. HIPERTROFIA - É o aumento do volume da célula, trata-se de um processo reversível. - Acontece quando o fibrócito volta a ser fibroblasto. - Acontece quando se tem uma demanda maior para a célula e ela aumenta de volume. - Para que esse processo ocorra é necessário um adequado fornecimento de O2 pois precisa de energia, é necessário ter integridade morfofisiológica (se o tecido não estiver íntegro, ele não vai conseguir responder a demanda), outra coisa importante é a inervação e especificidade do estímulo (estímulo para vía específica). - É uma forma de adaptação, o corpo precisa mais então responde mais. - Pode acontecer nos neurônios, caso se exija muito deles, eles aumentam o volume. - Pode ocorrer na musculatura esquelética, quando tem perda de massa muscular as células vão aumentar de tamanho para dar conta da demanda (esse tipo de músculo não se renova). - Na imagem acima é mostrado o aumento do cardiomiócito de forma que as câmaras cardíacas ficaram com o volume comprometido. O coração está mais forte mas o volume de ejeção de sangue ali é menor. - Acontece em casos de indivíduos que perderam/retiraram um rim, o rim que ficou aumenta de tamanho para compensar. - A mesma coisa no fígado, quando se doa um lobo os outros crescem para compensar. HIPOPLASIA - Diminuição da população de células. - Acontece na embriogênese, de forma fisiológica. - Um exemplo é a hipoplasia da medula óssea, pode ser causada por agentes tóxicos ou infecciosos. As toxinas podem atuar nas células tronco na medula, essas células não vão mais se dividir e gera a hipoplasia. Consequentemente, há uma diminuição na produção de hemácias, leucócitos e plaquetas, isso gera anemia aplásicas (deficiência no crescimento), então o indivíduo tem células na medula, mas essas células não saem. - Em pessoas que sofrem de síndromes de imunodeficiência (AIDS), os vírus tem pré-direção pelas moléculas CD4. Isso pode gerar imunossupressão direcionada. HIPERPLASIA - Aumento no número de células, acontece por exemplo na mulher gestante, o útero cresce. - Acontece o aumento de células sem que tenha tido perda, por uma hiperestimulação pelos hormônios por exemplo. - Acontece em células lábeis (divide de maneira contínua) e estáveis (dividem se necessário). As células que não possuem capacidade de crescer não vão sofrer hiperplasia.
- Existem um conjunto de proteínas que estimulam positivamente e outras negativamente. - Os fatores de crescimento são estimuladores positivos, estimulam a divisão, essas são chamadas de proto oncogenes - A proteína p53 rege o ciclo celular, quando acontece um dano no DNA essa proteína aumenta a sua síntese é ela quem faz com que o DNA produza inibidores do complexo ciclina-CDK (como por exemplo a p21), esses inibidores se ligam a esse complexo para que o ciclo celular pare. Dessa forma, essas proteínas são chamadas de supressoras de tumor (impedem divisão inadequada), são as estimuladoras negativas que são fundamentais para controle do número de células. - Quando a p53 atua estimulando a produção de inibidores que não deixam a célula se dividir e dá tempo para que ela corrija os erros no DNA, caso não consiga consertar a célula é estimulada a entrar em apoptose. - As células tumorais conseguem se evadir/fugir da apoptose e continua se dividindo, formando células iguais a ela. - O mínimo de mutações para se ter neoplasia é de 3. A neoplasia ocorre se a mutação acontecer no conjunto gênico da apoptose, dos de reparo, dos proto oncogenes ou supressores de tumor. - Quando agentes agressores atuam em uma célula normal e a p53 estiver funcionando bem, vai haver reparo ou apoptose. Tem expressão de ICDK, genes de reparo do DNA e genes de apoptose. - Em casos de células com mutações ou perda da p53, não tem interrupção do ciclo e as células vão se dividir. - Em células em que a p53 é normal, ela é ativada e pode resolver sem envolver os genes de reparo, como com a inibição de genes que estimulam a célula a crescer ou fazendo a transcrição de RNA mensageiro de interferência que na hora da transcrição formam uma dupla fita de RNA e uma fita interferiu na outra, impedindo que fosse traduzido. - Carcinoma: tumor de origem epitelial - Sarcomas: de origem mesenquimal - Para ter uma neoplasia tem que ter de 3 a 4 mutações,podem ser: ● Proto-oncogenes: regulam positivamente a proliferação e a diferenciação celular, ou seja, estimulam a célula a entrar em divisão celular. Como por exemplo: fatores de crescimento e seus receptores (a interação dos dois faz com que a célula tenha o estímulo para entrar em divisão celular); proteínas ligadoras de GTP (a sua atividade necessita de gasto energético, a RAS é um exemplo); fatores de transcrição (fatores proteicos que ficam no citoplasma que quando chegam ao núcleo faz com que a célula faça a síntese de proteína; proteínas com atividades cinásica; ciclinas e CDKs. Quando causa uma alteração no proto-oncogene ele passa a ser chamado de oncogene, essa mutação envolve o aumento da expressão. ● Genes supressores de tumor: regulam negativamente a proliferação e diferenciação celular, impedindo a proliferação. Faz com que a célula observe se está apta a seguir o ciclo celular. Ex: gene RB, p53 e seus derivados. Técnica de CRISPR-Cas9: é uma técnica que envolve a troca de posição dos aminoácidos, podendo ser feita a troca de nucleotídeos em proteínas. Sendo assim, pde ser feita a potencialização de uma função de proteína ou depletar a expressão dessa proteína.